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Trajetória

Trajetória Artística

1998

Luiz Bhittencourt inicia o ano de 1998 como administrador da empresa que criara em 1990 e o termina como artista. O divisor de águas foi o sonho revelador em que Luiz caminha por um jardim muito bonito, florido, e é conduzido pela mão por uma criança que o leva até um portal. Neste portal, há 3 anciões aguardando-os, dois homens e uma mulher, do qual Luiz não se lembra com muitos detalhes. A sensação de acolhimento e de volta para casa o fazem sentir-se muito bem. E o ancião então lhe diz: – Volte e pinte a imagem que vou deixar gravada em sua memória.

Luiz Bhittencourt inicia, então, sua carreira como artista, aos 26 anos. Sai em busca do primeiro passo, desenho, pintura, história, algo por onde começar a desenrolar o novelo da arte em sua cabeça. Afinal, o administrador entra em cena e quer “conduzir” a situação.

Começa o estudo com a professora e artista plástica destacada no Interior de São Paulo, com graduação em Belas Artes pela Fundação Guignard, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Dedicada à arte popular, o estilo sacro de Luciana Melo tem passagem livre e é muito respeitada no meio artístico brasileiro. Ela lhe apresenta o sacro, o figurativo, um pouco de cubismo, navega por todos os estilos, excelente para quem está começando seu aprendizado.

É com Luciana Melo que o pintor delineia seus primeiros traços, no ateliê do Parque Vicentina Aranha, em São José dos Campos, sua cidade natal. É nesse local que o artista cria sua primeira obra assinada, justamente a expressão do sonho revelador que o levaria a mergulhar no mundo artístico. Portanto, nada mais justo que o pintor a chame de “Busca”. A primeira obra de Luiz Bhittencourt é um quadro em acrílico sobre tela, obra que até hoje permanece no acervo do artista, para marcar sua introdução no mundo da pintura, sua primeira obra, à qual se afeiçoa e que até o momento não vende. Apenas, acumula cartas de pedidos de compra da obra.

O artista descobre sua real vocação, a pintura. Ainda nesse mesmo ano, que se pode chamar de iniciação, Bhittencourt começa a busca por um estilo e cria a série “Faces e Bocas”. São quadros e desenhos com cores marcantes e alegres, uma representação da beleza humana em cores vivas e uma crítica social à desigualdade brasileira.

1999

Luiz continua sua incessante busca e o desenvolvimento de sua primeira série, “Faces e Bocas”.

2000

O ano começa com Luiz dando continuidade à série “Faces e Bocas”.

Mas, artista não é artista sem seus estudos e esboços, então Luiz mergulha neles, também como forma de aperfeiçoar seu estilo. A religiosidade, ainda mais presente, com a qual se identifica e se expressa, faz com que grande parte dos estudos culminem na série “Religiosa”.

A série “Religiosa” foi marcada por diversos estudos e esboços que acabaram se transformando em pinturas de passagens bíblicas, com um estilo próprio de retratar e meio lúdico de se expressar.

2001

Luiz começa suas aulas com um professor, com quem teria uma experiência relâmpago. O professor insistia em “terminar” ou “corrigir” os quadros dos alunos. Como seus quadros são autorais, sua expressão individual, o artista se rebela.

Então, o professor sugere que Luiz tenha aulas com sua própria professora, que é Eliza Pires.

Luiz está pronto e a mestra se “apresenta”. Conhece então a artista plástica Eliza Pires, sua professora, mentora e amiga, que o impulsiona e ajuda na arte de sua pintura e a definir seus traços, que marcariam seu estilo, com a experimentação de diversas técnicas praticadas em conjunto.

2002

Continua os estudos e a série “Faces e Bocas” e ao mesmo tempo elaborando os estudos e telas da série Religiosa que começou a nascer seus primeiros traçados em 2000. Luiz começa a pensar e se organizar para a primeira exposição.

2003

Diante do novo, o artista decide trabalhar em 2 frentes: a continuidade da série “Faces e Bocas” e o início de fortalecer e dar forma à nova assinatura com a série “Religiosa”, que havia dado seus primeiros sinais em 2000. Dois estilos bastante diferentes, que mostram a rápida evolução do artista.

Obras que revelam seu estilo agora mais definido, inspiradas em passagens bíblicas. Ao todo, Luiz produziu 32 obras entre telas e papéis com formas que traduzem o entendimento do artista pelas fases do novo e velho testamentos.

2004

Finaliza a série “Faces e Bocas” e dá continuidade à série “Religiosa”.

Luiz se dá conta de que seu processo de criação é multifacetado e múltiplo, independente. É capaz de desenvolver mais de uma série e mais de um quadro ao mesmo tempo.

O ano traz consigo o primeiro desafio externo como artista, Luiz vai expor suas obras ao público.

Realiza sua primeira exposição individual, intitulada “Revelação”. Bhittencourt teve como apoiadores os meritíssimos juízes, Dr. Dagoberto Nishima e Dra. Antonia Sant’Ana, do Fórum Trabalhista de São José dos Campos, onde expôs seus trabalhos. Foram 21 telas vendidas de um total de 23 expostas em 30 dias de público, claramente um desafio superado com muito êxito.

No mesmo ano, Luiz começa a produzir sua terceira série, “Vilas e Favelas”. A inspiração agora é o Vale do Paraíba Paulista e a região histórica do interior de Minas Gerais, com a supervisão da mentora e artista plástica Eliza Pires.

Um período de inspiração intermitente, que faz Luiz sentir-se em um momento, nas palavras do próprio artista “no limbo”, uma espécie de bloqueio que o atinge antes de terminar o ano.

2005

O bloqueio na arte de Bhittencourt se dá na série Vilas e Favelas, o faz perder o rumo e não saber para onde direcioná-la, optando por deixá-la em suspenso. Por outro lado, uma inspiração surge e o faz criar a série “Transição”. Logo em seguida, a inspiração renasce com a série “Criança”.

Luiz dava aulas em um projeto cultural voltado para menores no interior de São Paulo. O artista se envolve muito com o projeto, torna-se um dos benfeitores e promove eventos solidários para captar recursos.

A série “Criança” nasce inspirada nos desenhos dos menores atendidos pelo projeto. Tudo começa com um quadro que Luiz pinta, a partir de sua interpretação e expressão do desenho de um aluno. A partir de então, cresce e se transforma na base para sua segunda exposição individual, que recebe o nome de “Além dos Olhos”. Conta com o apoio de importantes profissionais em especial com o casal de arquitetos Mariana e Danilo Ming, que cedem sua loja de alto padrão, para a exposição.

Depois de terminada a exposição, Bhittencourt sente a necessidade de experimentar novas técnicas. Começa a estudar a técnica de gravura em metal, em que é supervisionado pelo artista plástico George Rembrandt Gütlich. Começa também a estudar técnicas de desenho em grafite, carvão, giz e lápis de cor, cujo professor é o artista plástico Luiz Chalita. Ambos os estudos realizados com Gütlich e Chalita foram nos ateliês de arte da Fundação Cultural Cassiano Ricardo na cidade natal de Luiz.

É nesse ano que Luiz conhece o empresário Angel Guillem Moliner, que se tornaria um importante apoiador do artista.

2006

Finalmente o artista sai do que chamou de “limbo”, caminho perdido de sua arte que chamou de série “Transição” e entra na série “Metrópoles”.

Termina de vez a série “Vilas e Favelas” o lado bucólico das pequenas cidades do interior e abraça a série “Metrópoles” de seus aglomerados de prédios.

2007

No meio desse aglomerado de prédios e após uma série de visitas ao Mosteiro de São Bento, localizado em um bairro afastado da tranquila cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, Luiz decide se entregar à religiosidade.

Faz uma imersão no mosteiro por 500 dias. A vida monástica o impele e o inspira a criar novas séries de obras, “Cerâmica” inspirada em um prato de cerâmica que havia ganhado de presente no ano anterior e a série “Monastério”.

Finaliza a série “Criança”, uma das menores séries do artista até aqui.

Durante sua imersão monástica, Dom Agostinho O.S.B., além de mestre de postulantes e noviços torna-se amigo e conselheiro e Dom Abade Joaquim Arruda Zamith O.S.B. ao ver as pinturas torna-se conselheiro, mestre e grande fomentador da arte de Bhittencourt. A admiração do Abade pela obra do artista o leva a escrever importante crítica sobre suas pinturas e, através de amigos influentes, abre as portas da Europa para ele.

Ainda no monastério, o Abade instaria o pupilo a desenvolver a série “Inspiração na Iconografia”, expressão de sua religiosidade.

Em visita ao mosteiro de Vinhedo, o Arquiabade Dom Douglas R. Nowicki O.S.B., ao se deparar com a obra “Atelier” da série “Monastério” e as obras “Conflito”, “Aglomerado” e “Caminhos da Vida” da série “Metrópoles”, leva-as para passarem a fazer parte do acervo da Saint Vincent Archabbey na cidade de Latrobe, na Pensilvânia, Estados Unidos.

O Mosteiro de São Bento, em Vinhedo, São Paulo, também adquire para seu acervo as obras “Benção Sacerdotal”, da série “Cerâmica”, “Vilarejo ao Pôr do Sol” da série “Transição” e “Mãe e Filho” da série “Inspiração na Iconografia”.

2008

Após deixar o monastério, o artista conquista o reconhecimento artístico do casal Ana Lúcia e Manoel Coutinho Costa. Incentivadores e mecenas de sua arte, o casal promove uma exposição individual do artista, mais uma vez abrigada pelo Fórum Trabalhista de São José dos Campos, São Paulo, intitulada “A Busca”.

Nesse mesmo ano, finaliza a série “Inspiração na Iconografia” e concebe a série “Amigos” iniciando estudos em desenhos e telas.

2009

A obra “Transeunten”, da série “Monastério” entra para o acervo de artes da FCCR – Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos, São Paulo.

Finaliza a série “Amigos”, pintando apenas algumas poucas obras.

2010

Três anos depois de sua primeira experiência monástica, o artista decide realizar uma nova imersão no Mosteiro de São Bento. Muda-se para o monastério do Distrito Federal, em Brasília, onde permanece por mais 500 dias.

Nesse ano fica mais recluso, focando nos estudos e ensinamentos beneditinos.

Finaliza a série “Cerâmica”, vendendo duas das obras para o então Ministro da Fazenda de Brasília, Piancastelli de Siqueira, e uma obra da série “Santa Ceias”.

Durante esse período, Luiz é inspirado mais uma vez pela religiosidade e cria os primeiros estudos e pinturas das séries “Bento”, “Consagrados de Santa Ceias”, “Madonas e Santos” e “Reflexão”. Todas contêm o que marca o estilo do artista: traços e cores fortes saturadas de vermelho, amarelo e verde, em tonalidades que saltam aos olhos.

2011

Durante a estada no mosteiro beneditino, Bhittencourt é apresentado à Sra. Lúcia Peluso, esposa do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Cezar Peluso. O casal adquire uma das obras da série “Bento” e se torna o principal apoiador do artista.

No mesmo ano, a obra “Sentido Último”, da série “Inspiração na Iconografia”, entra para o acervo da Igreja de São Camilo, Ordem dos Ministros dos Enfermos, de Brasília, pelo Superior Provincial da Ordem, Padre José Maria.

2012

No primeiro semestre desse ano deixa o monastério beneditino em Brasília e retorna para sua cidade natal.

Ano em que celebra 15 anos de carreira, o artista tem a arte reconhecida também na Europa e lida com uma demanda de 10 exposições agendadas.

Divide-se em 3 ateliês: sua casa, Esplanada e Chácaras Reunidas. Este último ateliê foi montado dentro da Associação das Empresas do Vale do Paraíba (ASSECRE), por indicação dos então diretores Ângela Grou e Angel Guillem Moliner. Moliner pede ao pintor que faça um quadro com vaso de flores. Luiz resiste, nunca havia pintado nenhum quadro com o tema. Cria então, a série “Vaso de Flores”, que tem o empresário como entusiasta e colecionador de suas obras.

No mesmo ano, Luiz Bhittencourt cria a série “Elementos da Natureza”, a partir de momentos de contemplação e reflexão diante de um lago de carpas Nishikigoi. Produz 28 telas, com tonalidades de vermelho, preto e branco que parecem fazer a vida sair pelas telas. É sua série com cores em tons mais fortes e marcantes. Expõe as obras na Galeria Helena Kalil, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo em São José dos Campos, São Paulo. O sucesso é evidente: todas as obras da exposição foram vendidas.

Um dia, em um momento de descontração na casa da amiga de infância e empresária Ana Claudia Mello Perpétuo, Luiz a desenha no papel, mas não mostra seu desenho. Posteriormente, em um átimo de inspiração, cria o quadro “Os Devaneios da Senhora Ana Claudia Mello Perpétuo”. Quando o vê na exposição no Shopping Colinas, faz jus ao quadro e, em um arroubo que lhe é característico, compra o quadro e já quer leva-lo para casa. Mas, obviamente ela precisa esperar o final da exposição. Hoje a obra está exposta na sala da empresária.

Inicia nesse ano a série “Pelados” apenas com desenhos.

2013

Finaliza a série “Elementos da Natureza” e inicia a primeira exposição do ano com a mesma série, no Shopping Taubaté, cidade do Vale do Paraíba Paulista.
Um ano de grande sucesso, que traria sete importantes exposições: “Arte e Cérebro, Cérebro e Arte”, “Coletânea da Religiosidade”, “Expressões Formas e Olhares”, aqui uma coletânea das obras das “Santa Ceias”, realizada em conjunto com a amiga e artista plástica Luciana Melo, em Minas Gerais.

De volta a São José dos Campos, Bhittencourt trabalha em duas exposições, “Celestiais, Humanos e Divinos” e “Elementos da Natureza”, esta em sua segunda exposição do ano.

Inicia os primeiros estudos das séries “Pensamento” e “Anjos”.

Fecha o ano com a exposição “Consagrados” no renomado Espaço Cultural do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de Brasília. O evento, uma indicação do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Cezar Peluso, expôs 28 obras, entre quadros, estudos e esboços. Todas as obras foram vendidas durante a exposição ao seleto público de políticos, magistrados e diplomatas.

A obra “Santa Ceia Cálice de Luz” é adquirida para o acervo do Superior Tribunal de Justiça – STJ e hoje está exposta na sala da presidência.

Já a obra “Santa Ceia, Cálice nas Terras de Piatã”, da série “Consagrados de Santa Ceias” entra para o acervo da Universidade Federal de São João Del Rei, em Minas Gerais.

2014

Finaliza as séries “Pensamento” e “Madonas e Santos”, sendo que a primeira contém um pouco sobre a ganância e a soberba na religião, que interage com a segunda, um pouco sobre a Fé nos santos.

O artista organiza a exposição “Santos, Humanos e Divinos”, que ocorre nas dependências do Mosteiro de São Bento, em São Paulo, com o apoio de Dom João Batista. Na ocasião, duas obras do artista, “Visão de São Camilo de Lellis” e “Mãe Protetora”, ambas da série “Madonas e Santos” são adquiridas para o acervo das importantes obras de cunho religioso do Mosteiro. Com a exposição conhece o crítico de artes Leon Kossovitch que chega na exposição para visitar e escreve importante crítica sobre a obra do artista.

Como símbolo de voltar para onde tudo começou, Luiz Bhittencourt realiza sua maior exposição no mesmo local onde havia dado suas primeiras pinceladas. Em uma área de 1200 m², no Parque Vicentina Aranha, divididos em 15 salas, ele monta “Indulgência, do Pecado à Absolvição”, 37 obras que representam uma retrospectiva dos 15 anos de carreira do artista. A presença do público foi impressionante, mais de 30 mil pessoas em 60 dias, tudo por causa de uma obra do artista que um grupo de petistas destruiu no dia do vernissage da exposição. Uma crítica que havia feito à então prefeitura petista, que desviou 5 milhões do material escolar das crianças. As obras “Natureza 19 e 24”, da série “Elementos da Natureza” entram para o acervo do parque.
Após a exposição “Indulgência, do Pecado à Absolvição”, um ano de transição na vida e carreira do artista. Luiz Bhittencourt embarca para a Europa com o objetivo de aperfeiçoar ainda mais sua arte, em busca de referências europeias. A mudança teve o apoio dos importantes benfeitores, os casais Ana Lúcia e Manoel Coutinho Costa e Ana Claudia e Carlos Perpétuo.

Passa a residir em Barcelona, onde faz um curso na Barcelona Academy of Art do Museu Europeu d’Art Modem (MEAM) e expõe sua obra na Espanha e França. Diante do novo cenário, Bhittencourt testemunha um período conflituoso, com grandes ondas de refugiados vindos da África e da Síria. Sua sensibilidade social se choca com a nova realidade e sua arte, de cores vibrantes e fortes, torna-se sombria. Para exteriorizar o sofrimento, a angústia e as expressões vistas nas ruas de Barcelona, Luiz começa a dar sinais dos primeiros esboços e estudos para uma nova série, que visivelmente torna-se mais angustiante. Alguns amigos a chamaram de “período cinzento” na arte de Bhittencourt.

2015

Em Barcelona participa do Programa de Estudios Independientes do Museum of Contemporary Art (MACBA). Nesse período viaja para França, Itália, Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha e Marrocos para conhecer um pouco da arte, artistas, galerias de arte, cultura local.

Com sua arte perdendo as cores fortes e vibrantes, Luiz cria a série “Refugiados”, cujas obras retratam em tons de preto, cinza e branco o mundo sombrio que tanto o impactara.

A série “Refugiados” é a base para uma nova exposição individual “Refugiados Sin Patria, Culpa de uma Sociedad Ciega?”, sediada na Ca’l de Barcelona Cuina Criativa. Das 21 obras expostas, 18 delas foram vendidas.

Simultaneamente, Bhittencourt participa do ARTBAHO – Salão Internacional de Arte Contemporânea e do Salão de Arte da Fundación Arena José Maria Vidal, ambos em Barcelona. A obra “Ceia da Esperança”, da série “Consagrados de Santa Ceias”, que participou do Salão da Fundación Arena, fica para o acervo da instituição.

2016

Ainda vivendo na Europa, a tela “Santa Ceia das Artes Cênicas” entra para o acervo da Abadia de Notre-Dame de Tourny, em Tournay na França. Com cores fortes e vibrantes, a obra havia sido pintada no Brasil, ao vivo no palco do Teatro São Bento em São Paulo.

Finaliza a série “Refugiados”.

De volta ao Brasil, no final desse ano, Bhittencourt vê duas de suas obras entrarem em posição de destaque para o acervo da Santa Sé, embaixada do Vaticano em Brasília. A obra “Mãe que Gera”, da série “Madonas e Santos” e a obra “Santa Ceia da Majestade”, da série “Consagrados de Santa Ceias”, onde Bhittencourt foi recebido pessoalmente na embaixada pelo então Núncio Apostólico Dom Giovanni D’Aniello.

Nesse período, Bhittencourt viaja para Formosa, Goiás para realizar uma seleção com modelos para o novo rosto de sua série “Anjos” de 2016. O modelo escolhido entre vários de Goiás e Brasília foi Higor Vasconcelos. Que se torna o novo rosto da série neste ano.

Trazendo o modelo para São Paulo, ele também se interessa pelo desenho e pintura, tendo o artista Luiz Bhittencourt como incentivador, o modelo começa a desenhar e pintar e é lançamento no mercado da arte por Luiz Bhitencourt, em uma exposição que na Galeria de Artes Inn Gallery em São Paulo. Sendo a primeira vez que o artista lança um jovem no mundo da arte.

Bhittencourt, a convite dos monges Beneditinos, decide mais uma vez tornar-se recluso e cumprir um ano sabático no Mosteiro Nossa Senhora da Ternura, em Goiás.

Uma de suas obras é exposta na Guatemala. A tela “Santa Ceia do Pote” da série “Consagrados de Santa Ceias” acaba de ser adquirida e entra para o acervo do Mosteiro San Bernardo Tolomei, em Boca Del Monte. Na mesma ocasião, a obra “Santa Ceia da Realeza” da série “Consagrados de Santa Ceias” entra para o Mosteiro Nossa Senhora da Esperança dos Monges Olivetanos de São Paulo.

2017

Após dois complexos anos, de um período no exterior e outro em reclusão, renovado, o artista retorna a São Paulo. Com a mentoria do Frei Francisco José Vicente, Luiz Bhittencourt dedica-se a um projeto social cultural que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade em Ribeirão Pires, interior de São Paulo. O ano também é marcado pelo fim das séries “Monastério” e “Bento” e início da série “Fridas”, que representa uma leitura do artista em um misto de crítica às beatas e enlevo e admiração pelas obras de uma de suas artistas preferidas, a mexicana Frida Kahlo.

Sobre a ideia que tinha em mente há muito tempo sobre as mulheres frequentadoras da igreja, fez inúmeros estudos, que ainda aguardam seu lugar nas telas.

2018

Nasce a exposição “Fé! Religiosos e Sacerdotes, Profanos ou Divinos?”, com o apoio e olhar da galerista e curadora de arte, Carmen Pousada. Diante de ótimas críticas de suas obras, o artista permanece em São Paulo e, a convite de José Carlos Marçal de Barros, então diretor executivo do Museu de Arte Sacra de São Paulo, Luiz Bhittencourt realiza uma exposição individual nas dependências do museu e entra para os livros da história da arte brasileira. A exposição “A Última Ceia” foi composta por 23 obras e diversos estudos e esboços, todos da série Consagrados de Santa Ceias”. As obras foram cedidas por clientes brasileiros e europeus especialmente para a exposição.

Decididamente um marco na carreira do artista que desperta os olhares de investidores e colecionadores de arte. Pós-exposição a obra “Santa Ceia das Vaidades”, da série “Consagrados de Santa Ceias”, entra para o acervo do museu.

2019

Finaliza a série “Reflexão” e recebe em seu ateliê na cidade de Ribeirão Pires, interior de São Paulo, o crítico de arte Leon Kossovitch, que grava depoimento, sendo o primeiro crítico a comentar as primeiras obras que o artista inicia da série “Janelas e Percepção”.

O empresário Edison Ribeiro se torna mecenas de sua arte e o artista decide realizar uma retrospectiva dos 21 anos de carreira, com a exposição “Por Excelência” na Galeria Espacio Uruguay, em São Paulo. Simultaneamente, com o apoio do empresário e arquiteto Carlos Eduardo Bigarella, realiza a exposição “Percepção e Verbo”, lançamento oficial da sua nova série de trabalho “Janelas e Percepção” em São José dos Campos. Encerradas essas exposições o artista passa 2 meses internado e 6 meses recluso para cuidar da saúde.

2020

Frente à pandeia do COVID-19, o artista fecha o trabalho social que é responsável na cidade de Ribeirão Pires e cede à pressão da irmã, Luciana Cirino, retornando então para a cidade natal São José dos Campos, para cuidados com a saúde.

Finaliza nesse ano a série “Anjos”.

Com o retorno, Bhittencourt é apresentado ao galerista Paulo Henrique Rosa, da Galeria de Artes Poente, que passa a representar sua arte na região do Vale do Paraíba Paulista e realiza a exposição “Investimento Pandêmico na Arte, entre Janelas e Percepção”. Já em São Paulo, as obras do artista recebem o olhar dos galeristas Marcelo Neves e Jairo Silva, da Art Gallery Marcelo Neves, que passa a representar a arte do pintor joseense na capital. Com agravo da pandemia, o artista é obrigado a cancelar uma série de exposições individuais agendadas entre Brasil e Europa. Até o presente, o artista totaliza 22 séries de obras, em coleções particulares, Organizações e Instituições, Ordens Religiosas e Igrejas em 27 países entre centenas de pinturas, desenhos, estudos e esboços em seus 22 anos de carreira.

2021

O ano é marcado pela reclusão, pelo acompanhamento no tratamento da saúde ainda sob cuidados e com a perda de 11 de seus benfeitores falecidos em decorrência da COVID-19. Para aliviar um pouco do peso da pandemia o artista investe no aprendizado da confecção de arte em cerâmica, desenvolvendo algumas peças nesse ano. E ao mesmo tempo, continua realizando estudos e avança com a série de pinturas, “Janelas e Percepção”.
Em meio à pandemia Luiz Bhittencourt reabre seu Ateliê de Artes em sua cidade natal onde fica um pouco mais recluso. Realiza estudos e continua a criar as obras da série “Janelas e Percepção” e ainda desenvolve algumas obras das séries “Consagrados de Santa Ceias”, “Vaso de Flores”, “Fridas” e alguns desenhos de “Pelados”.

Nesse ano recebe do militar Paulo Maduro o convite para ingressar na Maçonaria. Feliz e grato com o convite, meses depois Luiz aceita, dando assim início aos trâmites de documentação.

Participa ainda, da exposição coletiva na Galeria da Fundação Inatel no Palácio Barrocal na cidade de Évora, Portugal, de onde segue, depois, para participar da exposição do Círculo Del Arte de Toledo, na cidade de Toledo na Espanha.

Luiz termina o ano realizando uma exposição baseada em depoimentos de percepções sobre sua obra por crianças e adolescentes pelo Brasil. Foram 25 crianças das quais o artista faz uma espécie de engenharia reversa: pintou as obras baseadas nas percepções de algum detalhe do dia a dia dessas crianças e adolescentes. A exposição foi realizada na galeria de Artes Poente, a segunda da galeria em meio a pandemia.

2022

Com a necessidade de ter um local mais acessível que seu Ateliê de Artes, seu espaço de criação, o artista inaugura o Escritório de Artes Luiz Bhittencourt, no complexo Tilit Group, do empresário e amigo Douglas Lopes, em área nobre de São José dos Campos, onde passa a receber clientes de várias partes do país.

A convite do empresário, amigo e benfeitor de sua arte, Carlos Eduardo Bigarella, realiza, na conceituada loja da marca Florense, a exposição “Pequenas Janelas”, em que pela primeira vez o artista homenageia cinco arquitetos que fizeram parte em algum momento de sua carreira, em que batiza cada obra com o nome de cada um dos homenageados: Valéria Costa, Murilo Sgorlon, Vivien Anselmo, Alexandre Harrisberger e Carlos Eduardo Bigarella.

Em 6 de junho desse ano ingressa na Ordem Maçônica com a iniciação na Loja 363 tendo como padrinho o militar Paulo Maduro, um dos fundadores da respectiva Loja Maçônica.

No mês de setembro recebe o convite pessoal do Grão Mestre Jorge Anysio Haddad, da Grande Loja Maçônica do estado de São Paulo (GLESP) para realizar uma exposição no Salão Nobre da entidade. Luiz Bhittencourt expõe diversas obras da série “Janelas e Percepção” e algumas de outras séries passadas de seu acervo pessoal e intitula a exposição como “Janelas do Olhar”.

O convite partiu do Grão Mestre da GLESP, Jorge Anysio Haddad, por Bhittencourt ser o primeiro maçom da história de toda maçonaria mundial, a pintar a própria iniciação de entrada na Maçonaria em tela.

Em outubro o casal Lúcia e Cezar Peluso, ex-presidente do STF, no Distrito Federal, adquirem mais duas obras do artista, completando sete obras de Luiz Bhittencourt em seu acervo.

No mesmo mês, recebe do amigo Jean-Luc Orsoni, Diretor da Aliança Francesa e Cônsul Honorário da França, o convite para realizar dentro da instituição uma exposição de sua arte intitulada “Janelas que Guardam Segredos”, retornando então para a instituição francesa sete anos após sua primeira exposição. É nesta exposição que, Ângela Savastano, incentivadora e benfeitora de sua arte desde o início da carreira como artista, adquire 3 de suas obras e o casal Maria Teresa Stefani e Antonio Pedro da Costa adquirem em uma única exposição 7 obras do artista.

2023

O ano começa com um novo marco na carreira do pintor. Ano de comemoração do seu “Jubileu de Prata” que completa em outubro.

Em janeiro desse ano Jean-Luc Orsoni, Diretor da Aliança Francesa Vale do Paraíba, convida o artista para assumir a curadoria da Galeria de Artes da instituição.

Nesse movimentado mundo cultural, em fevereiro, Ema Ely Salomão Bonetti, fundadora presidente do Centro Ambiental Edoardo Bonetti (CAEB), convida o artista para assumir o comando da Assessoria de Comunicação e Projetos da instituição, levando seu conhecimento, influência e bagagem profissional no meio artístico, para o público da desconhecida instituição CAEB e da própria pessoa Ema Bonetti, ainda pouco conhecida na sociedade.

O ano passa e Luiz Bhittencourt realiza diversas exposições coletivas de artistas amigos de várias partes do país na galeria de artes da instituição francesa.

2024

Por discordar da gestão da instituição CAEB, Luiz, com muito pesar, decide desligar-se dela. Embora muito satisfeito com seu trabalho de captação de recursos, que geraram vários benefícios à instituição, o artista considera um episódio triste e lamentável de sua trajetória. Volta, então, a se dedicar inteiramente aos estudos de sua arte e à pintura de suas obras.

Em agosto, interessou-se pela psicanálise lacaniana e iniciou seu percurso analítico, com o psicanalista Francisco Lemes, que em outubro aceita o convite de Bhittencourt e passa a integrar o Conselho de Diretores do Instituto Luiz Bhittencourt (ILB), fundado por empresários e profissionais liberais amigos do artista. Os membros fundadores são: Marcele Mendes Chuluck, Carlos Eduardo Bigarella, Douglas Lopes, Francisco Lemes, Gabriel Caldas, Márcio Chuluck, Jairo Ribeiro, Célio Calderan e Claudete Almeida Cabral. O ILB nasce como instituição sem fins lucrativos para preservar, catalogar e manter viva a trajetória do artista Luiz Bhittencourt e em ações sociais para aproximar a arte, em princípio de crianças a jovens e posteriormente das demais faixas etárias da população.

Com esse percurso analítico nas sessões com Francisco Lemes, o artista Luiz Bhittencourt entra em nova fase de sua série “Janelas e Percepção” intitulada “Defenestração”.

Fecha o Escritório de Artes Luiz Bhittencourt, para onde transfere a sede do Instituto Luiz Bhittencourt.

Em agosto desse ano, o Instituto Luiz Bhittencourt, inicia os cursos de desenho e pintura, tendo o próprio artista como professor. O primeiro aluno a se inscrever no programa de bolsa do ILB, foi Ramon Calderan, descoberto pelo artista em uma exposição do próprio, intitulada “Criar e Interagir”, realizada na Aliança Francesa. O jovem foi visitar a exposição com sua turma de escola e apresentou ao artista seus desenhos, que o convidou imediatamente para ser o primeiro jovem talento bolsista do Instituto. Nesse processo o jovem tem no artista seu mestre e conselheiro na arte.

Incansável, já com a cabeça em 2025, Luiz programou o lançamento do pupilo no mundo da arte em 2025, cuja série de desenhos intitulada “Movimento”, dá a Luiz a certeza de sucesso. Bhittencourt, considera o jovem talento Ramon Calderan um artista muito promissor e vem apostando no pupilo desde então.

Por Maria Teresa Stefani

Formada em ciência da Computação pela Unicamp, com pós-graduação pela FGV,
MBA pela fundação Dom Cabral, pós-MBA pela Kellog University de Chicago, mestrado pela
PUC-SP e especialização em tradução pela Universidade Estácio de Sá.
É linguista, tradutora, revisora, estudiosa da língua portuguesa
e adora as artes em geral.

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